A realizar uma boa época no Reading, o lateral quer subir à Premier League e depois voltar ao FC Porto para cumprir um sonho de que não desistiu: ganhar espaço e ajudar a conquistar títulos.
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A viver a primeira experiência no estrangeiro, Tomás Esteves sente que está mais maduro. Aos 18 anos, o lateral-direito tem aproveitado a oportunidade para crescer no Reading, equipa do Championship, equivalente à Liga SABSEG, com o objetivo de voltar a casa para se afirmar. Os ingleses não têm opção de compra e o lateral encara isso como um incentivo...
Já sabe se vai fazer a pré-época no FC Porto?
-O que sei é que a minha ligação com o Reading acaba no final desta época e que, depois, volto a Portugal, mas não sei o que vai acontecer. Não me cabe a mim decidir se fico ou não no plantel. A mim, compete-me dar o melhor no Reading, fazer o máximo possível de jogos e realizar boas exibições.
O objetivo é voltar para ficar no plantel do FC Porto?
-Sim, claro. O meu sonho é jogar no FC Porto. É certo que já joguei, mas quero jogar com mais regularidade e tenho mais sonhos para cumprir no FC Porto. É o meu clube do coração e é onde quero singrar.
"O meu sonho é jogar no FC Porto. É certo que já o fiz, mas quero fazê-lo com mais regularidade e tenho mais sonhos para cumprir"
Que sonhos são esses?
-Quero ser uma referência do FC Porto. Já fui campeão nacional, quero voltar a ser e ter um papel ainda maior. Quero ser mais utilizado e contribuir mais para a equipa. Acredito que tenho qualidade para ser uma referência do clube, e vou dar o melhor para que isso aconteça.
Ao contrário do que aconteceu com Danilo (Paris SG) e Vitinha (Wolverhampton), o FC Porto não colocou cláusula de opção de compra no empréstimo ao Reading. Sente isso como um sinal de confiança?
-Sim, creio que é um sinal de confiança. Isso ainda me deixou mais motivado, porque sinto que me querem no clube. É um motivo de orgulho.
O que tem de fazer um jovem para singrar no FC Porto?
-Tem de dar o máximo todos os dias em cada treino e a cada momento. E quando a oportunidade chegar, há que amarrá-la com toda a força, dando o máximo e fazer aquilo que sabemos. Se tudo correr bem, depois cabe ao míster decidir se um jogador pode afirmar-se ou se ainda falta alguma coisa. Temos é de dar o máximo todos os dias, porque, se isso acontecer, ficamos mais perto de conseguir os objetivos.
Depois de singrar nas camadas jovens e de conquistar vários títulos, acredita que vai fazer o mesmo na equipa principal?
-É um objetivo que tenho e vou trabalhar para que tal aconteça. O que conquistámos nas camadas jovens foi bom, mas já faz parte do passado. É bom que os anos passem e que as pessoas se lembrem que ganhámos a Youth League e que fomos campeões nacionais de Juniores A, mas um jogador quer sempre mais, e eu não fujo à regra.
"Gostei muito de trabalhar com Sérgio Conceição. Não aceita menos de 100% em todos os treinos e isso é muito positivo"
Gostou de trabalhar com Sérgio Conceição?
-Gostei muito de trabalhar com ele. É um treinador que não aceita menos de 100 por cento em todas as sessões de treino. Isso é muito bom e, num clube como o FC Porto, é muito positivo, porque o clube sempre foi conhecido pela raça e por todos darem o máximo. Se assim não fosse, não teria o sucesso que teve nos últimos anos.
O que teve mais relevância para si, o jogo na Taça da Liga, contra o Casa Pia, por ter sido a estreia na equipa principal do FC Porto, ou o primeiro jogo a titular, com o Aves?
-A estreia com o Casa Pia teve mais significado para mim, porque foi o meu primeiro jogo pela equipa principal do FC Porto. Foi um momento marcante.
E o título de campeão nacional, que significado teve?
-Teve um significado especial. Sonhei sempre ser campeão nacional pelo FC Porto e conseguir esse objetivo na minha primeira época como sénior foi algo que não consigo explicar.
Só faltou festejar na Avenida dos Aliados...
-Sim, faltou isso. No ano passado não deu para festejar nos Aliados por causa da covid-19, mas esperemos que dê para comemorar já nos próximos anos. Esse é um dos meus sonhos. Desde pequeno que sonho com isso. Sempre que éramos campeões, nunca festejei na Avenida dos Aliados, festejei sempre na minha terra, nos Arcos de Valdevez. Deve ser incrível festejar um título nos Aliados com os adeptos.