Tomás Esteves a O JOGO: "Se for ainda mais intenso, consigo ser um lateral top"
ENTREVISTA, PARTE II - Satisfeito no segundo escalão do futebol inglês, Tomás Esteves reconhece que lhe faltava a intensidade que agora começa a ter...
Corpo do artigo
Emprestado pelo FC Porto até final da presente temporada, Tomás sente que tem crescido no Reading. Em entrevista a O JOGO, revela os aspetos em que melhorou e os que ainda tem de aperfeiçoar. E fala ainda sobre os objetivos da equipa, que luta para subir à Premier League.
Individual e coletivamente, como lhe está a correr a época?
-Está a correr bem. Tem sido uma experiência nova e diferente daquilo a que estava habituado, num contexto diferente e noutro país. No cômputo geral, está a ser uma experiência positiva. Estou a gostar.
A experiência tem contribuído para o seu crescimento?
-Sim, sim. Está a ajudar-me naqueles aspetos em que precisava de melhorar, tais como a agressividade e a intensidade. Mas era mais a intensidade. Sinto que estou muito melhor do que quando aqui cheguei. Estou mais maduro e esta experiência fez-me crescer. Acredito, até, que ainda me vai fazer crescer mais.
Sempre foi um lateral-direito ofensivo. Melhorou os aspetos defensivos?
-Quando falei da agressividade tem também a ver com isso. A defender sinto que estou mais forte.
O que tem de melhorar para ser um lateral-direito completo?
-Tenho de de ser mais intenso. Com o tempo, vou ganhando experiência, vou aprendendo com as novas situações que surgem pela frente e vou ficando mais maduro. Se conseguir ser ainda mais intenso, consigo ser um lateral top.
Há muitas diferenças entre o Championship [equivalente à Liga SABSEG] e o futebol português?
-Aqui, no Championship, o jogo não é tão pensado, é mais físico e mais batalhador. É um futebol que tem qualidade, mas menos do que em Portugal.
"[Convites] Havia outras hipóteses, mas achei que esta era a melhor para ter mais tempo de jogo e me fazer crescer"
Além do Reading, teve outras propostas?
-Havia outras hipóteses, mas achei que esta era a melhor para ter mais tempo de jogo e para me fazer crescer.
Está em sétimo lugar, a dois pontos dos play-off de acesso à Premier League. Subir é possível?
-Tudo é possível. Vamos entrar na reta final. Faltam cinco jogos. O objetivo é ficar nos seis primeiros para depois encarar os play-off e tentar a subida à Premier League.
O futebol inglês sempre foi conhecido por ter grandes ambientes nas bancadas. É uma frustração não vivenciar essa experiência?
-É frustração tanto aqui como em Portugal. O futebol sem adeptos não é a mesma coisa, não tem a mesma emoção, nem o mesmo encanto. São estas as condições e temos de fazer o nosso trabalho, que é ir para dentro do campo e jogar.
Ligação forte com os ex-colegas
Tomás Esteves chegou ao FC Porto em 2011, com apenas 10 anos, proveniente do ADECAS, pequeno clube da freguesia de Aboim das Choças, de onde é natural. E foi nos dragões que criou fortes laços de amizade com alguns jogadores que ainda continuam no clube. O defesa confirma que tem mantido contacto com os antigos colegas. "Vamos falando. Claro que não é todos os dias, como quando estava no FC Porto, mas a relação mantém-se, porque passámos muitos momentos juntos e a amizade ficou" garante.
13559835