O treinador do Shakhtar Donetsk elogiou os encarnados e comenta os efeitos da paragem competitiva na equipa ucraniana
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Luís Castro fez a antevisão do jogo da primeira mão dos 16 avos de final da Liga Europa, que coloca frente a frente Shakhtar Donetsk e Benfica, na Ucrânia. Para o treinador português, falar em crise no Benfica em função dos últimos resultados não faz qualquer sentido.
Forma de encarar a eliminatória: "Pensamos nos dois jogos, embora saibamos que não podemos juntá-los, Um bom resultado para nós seria vencer sem golos sofridos para que possamos encarar o jogo de Lisboa, que será sempre o jogo onde tudo se vai decidir, de uma forma mais confortável."
Perfil do Benfica: "É uma equipa que o Bruno Lage domina por completo, está totalmente identificado com todos os jogadores, sabe o que esperar de todos eles. O Benfica é uma instituição de grande peso em Portugal e na Europa. Temos uma tarefa muito difícil pela frente."
Crise no Benfica? "Sempre que apresentamos o adversário aos jogadores, colocamos o momento ofensivo, o defensivo, a transição...nunca apresentamos os resultados dos últimos jogos. O que interessa é analisar o valor de uma equipa. E uma equipa não pode ter valor numa semana e duas semanas mais tarde já não ter. O Benfica é muito forte e, em determinados momentos, não consegue bons resultados, mas é assim com qualquer equipa. Colocam-se equipas em crise por duas derrotas...o Manchester City e o Pep Guardiola não ganham sempre. É só um exemplo, mas alguém põe em causa o valor do City e do Guardiola?"
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Jogo do Benfica com o Braga: "Muito para lá dos resultados estão as exibições. Vi um Benfica muito forte durante a maior parte do jogo. O Rúben Amorim disse que teve a sorte do jogo, então se teve a sorte do jogo quer dizer que não esteve por cima do adversário na maior parte do tempo."
Paragem competitiva pode afetar o Shakhtar? "Em termos físicos não vamos ter qualquer problema. A competição é necessária para adaptar os timings de passe, de entrada nos espaços, as relações são mais rápidas e isso não está feito, mas estamos frescos fisicamente e isso pode resolver-nos um problema. Contudo, preferia estar em competição, como o Benfica, mas os campeonatos são como são e não podemos jogar no nosso campeonato com o inverno que temos durante grande parte do tempo. O que interessa é ter a consciência do que vale a nossa equipa e da qualidade da equipa que vamos encontrar. Um grande clube, um grande treinador, adeptos muito apaixonados, é esse o contexto, vamos embora, vamos à batalha."