As reações de Seferovic após prémio: dos "momentos difíceis" ao "ano muito bom"
Escolhido pelos adeptos do seu país, o avançado recebeu na segunda-feira a distinção, batendo nomes como Xhaka, médio do Arsenal, e Shaqiri, estrela helvética que joga no Liverpool
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Seferovic foi eleito na segunda-feira o melhor jogador suíço do ano, distinção que recebeu pela primeira vez na carreira, fruto da boa forma demonstrada ao serviço da sua seleção, mas sobretudo dos muitos golos marcados com a camisola do Benfica.
Isto porque, dos seus 27 golos marcados em 2018/19, 20 foram obtidos já a partir de janeiro, com o camisola 14 a assumir-se como peça fundamental na estratégia de Bruno Lage e de grande preponderância para a conquista do 37.º título de campeão nacional pelo Benfica, sagrando-se o goleador da liga, com 23 golos.
Agora ao serviço da seleção da Suíça, pela qual irá defrontar Dinamarca (12 de outubro) e República da Irlanda (dia 15), Seferovic recebeu o prémio ontem à noite, na gala "Swiss Football Awards", na qual, sem esconder o nervosismo por ter de aparecer em público e diante de câmaras de televisão [suando muito na altura], assumiu a felicidade pela distinção, feita após escolha dos adeptos suíços, depois de ter passado por uma fase complicada.
Melhor marcador do campeonato em Portugal na última época, com 23 golos, e peça importante no título, o atleta venceu pela primeira vez este troféu, sucedendo ao guarda-redes Sommer
"Gosto mais de jogar do que estar em palco. Este prémio é bom para mim porque passei por momentos difíceis", assumiu, resumindo, porém, que o passado recente foi bem mais animador: "Mas depois acabei por ter um ano muito bom."
Agora figura popular no seu país, Seferovic chegou a a ser assobiado pelos suíços há dois anos, algo que procurou desvalorizar. "É verdade, mas já não penso nisso. Faz parte do passado. Agora olho em frente. Agradeço a todos os que votaram em mim, estou muito feliz", referiu, ele que sucedeu ao guarda-redes Sommer, do Borussia Moenchengladbach, batendo a concorrência de Xhaka (Arsenal) e Shaqiri (Liverpool), último atacante a vencer o prémio, já em 2012, então ainda ao serviço do Basileia.
Segundo melhor marcador do Benfica, a par de Rafa, com três golos, e atrás dos oito de Pizzi, o internacional suíço comentou ainda o facto de ter sido pai recentemente - foi dispensado do jogo diante de Gibraltar para viajar para Lisboa, de forma a assistir ao nascimento da sua filha, Inaya -, assumindo que descansa agora menos horas. "Durmo agora um pouco menos. Mas é sobretudo a minha mulher que se ocupa disso", revelou.