Vítor Santos, Luís Freitas Lobo e João Ricardo Pateiro em mais um programa Visão de Jogo. O polémico FC Porto-Arouca, a quarta jornada da I Liga, o mercado de transferências e outros temas em foco.
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Confira algumas frases fortes do programa:
"Embora o Sporting e o Braga sejam candidatos um pouco outsiders em relação ao Benfica e ao FC Porto, já deu para perceber, por este início de época, o poder competitivo do Sporting, crescente, acho que contratou bem. Já o Braga, está na Liga dos Campeões. O Braga-Sporting é um clássico e, hoje, tem um grande impacto".
"Foi uma jornada um pouco estranha em função de tudo aquilo que aconteceu no FC Porto-Arouca".
"[Sobre o lance mais polémico do encontro FC Porto - Arouca] Talvez tenha sido o momento em que me senti mais sem rede num comentário a um jogo. Não estava a perceber nem a acreditar naquilo que estava a ver. Quando vi que o árbitro não tinha imagem, até aí ainda percebi que podia acontecer. A partir do momento em que a decisão é tomada ao telemóvel, embora isso esteja protocolado, é uma situação surreal, no mínimo. Independentemente da questão de ser ou não ser penálti e da decisão ser ou não ser acertada no final".
"Esta época têm acontecido coisas estranhas demais relacionadas com o VAR".
"Causa-me alguma perplexidade que a decisão não seja do árbitro que estava no relvado e que viu a jogada, mas de outra pessoa que diz o contrário. O árbitro principal vai decidir não pelo que viu, mas por aquilo que outra pessoa, neste caso a 350 quilómetros de distância, diz que viu".
"Durante o jogo, o árbitro hesitou muito na altura de assinalar o penálti [decisão que depois foi revertida]. Quando um árbitro marca um penálti, não pode ter dúvidas. O árbitro não foi perentório na marcação da grande penalidade. Não consigo conceber que um árbitro não marque um penálti com um grau de certeza elevado".
"Quando o árbitro chamou os dois treinadores, o Daniel Ramos e o Vítor Bruno, imaginei que ele ia manter a decisão que tinha tomado inicialmente, como árbitro soberano que estava no relvado. No entanto, não foi isso que aconteceu: seguiu a opinião do VAR, seguiu a verdade desportiva do lance, mas poderia perfeitamente não ter acontecido".
"A autoridade máxima de um jogo é o árbitro que está em campo, é ele que toma a decisão final. Neste caso, foi ele que tomou a decisão final, mas sem bases para a tomar, tomou a decisão em função de tudo aquilo que lhe disseram da Cidade do Futebol. Nesse sentido, a fragilidade do sistema ficou, aqui, mais uma vez evidente, como já tinha ficado, por outras razões, em casos anteriores".
"Temos ouvido vários especialistas em direito desportivo a dizer que o FC Porto não tem base para ter sucesso no pedido de repetição do jogo".
"Esta época não está a começar nada bem em termos de VAR. Pelo contrário, está a começar muito mal. Primeiro aquele caso no Casa Pia-Sporting, agora este no FC Porto-Arouca".
"Já li adjetivos sobre este caso do FC Porto-Arouca que magoam, sobretudo da imprensa espanhola e italiana".