Filomena Cautela: "Fiquei convicta e estupidamente feliz com o título do Sporting"
FORA DE JOGO - Filomena Cautela é a entrevista desta semana, numa conversa a não perder.
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O País chama-lhe Mena, com carinho, porque Filomena Cautela conquistou esse carinho, conquistou um público imenso, que se ri com ela, que fica bem-disposto, que lhe apanha e segue as emoções. Uma atriz que brilha nos palcos, continua a brilhar, mas que se tornou uma companhia em vários espaços da RTP, como o I Live Portugal ou o Quem Quer Ser Milionário, ops, já são quase 5 para a Meia Noite... Como ninguém é perfeito (isto é só uma pequena provocação), Filomena Cautela é sportinguista e vibrou imenso com o título que o clube conquistou na época passada e diz-se preparada para mais. A Mena conversou com O JOGO.
Ainda resta algo daquela menina que se revelou, com irreverência na série Morangos com Açúcar?
As sardas que teimam em não desaparecer e o amor pelo Sporting.
Tens saudades desse tempo?
Não sei se são saudades, são orgulho do trabalho feito. Talvez saudades, sim, dos meus amigos cujas amizades nasceram nesse tempo. Muitas saudades da nossa inocência e amor incondicionais uns pelos outros.
Tudo indicava que a tua carreira ia ser eternamente na área da representação, foram tantas as participações no teatro, cinema, televisão. Mas não foi assim. Hoje, se calhar veem-te muito mais como uma entertainer... Em qual papel te sentes melhor?
Tenho feito teatro sempre, nunca o deixei. Talvez sejam trabalhos com menos visibilidade e, por isso, as pessoas tenham essa perceção, mas sinto-me muito confortável neste limbo e neste privilégio de poder escolher os trabalhos e as pessoas com quem trabalho como atriz.
Divertiste-te muito a fazer o I Love Portugal? Não achas que é um formato de sucesso que a RTP devia agarrar muito bem?
Acho que está no sitio certo nas férias de Verão. Um programa que não é só familiar é mesmo para todos. Divirto-me muito, mas existe um trabalho importante por trás para que pareça que nos estamos só a divertir.
No Quem Quer Ser Milionário - Alta Pressão, nunca tiveste vontade de dar uma dica para uma resposta a um concorrente?
Sempre. E por vezes um simples olhar já é uma dica que não conseguimos controlar pela emoção e pressão características do jogo. Mas parte do trabalho é esse, controlar as emoções e dosear a vontade de fazer aquele concorrente sair dali muito feliz.
Já te apareceu um concorrente que te tivesse levado a desabafar para os teus botões, "não gosto nada deste tipo/tipa?
Sim. Mas seria incapaz de o prejudicar seja de que forma for, porque há pessoas que de facto, ao lidar com o nervosismo, podem tender a ser menos simpáticas ou afáveis e o nosso trabalho é descontrai-los e quebrar essa barreira.
Ficaste mesmo surpreendida com o prémio que recebeste nos Globos de Ouro da SIC/Caras ou aquilo foi uma fita do caraças para as câmaras?
Era impossível ser fita para as câmaras porque não fazia ideia sequer que aquela categoria existia quanto mais que me seria atribuído. Estava nomeada para uma categoria que já estava entregue, portanto, sim, foi uma absoluta surpresa. Além disso a fita para as câmaras nunca foi a minha especialidade.
Falemos então do teu Sporting. Ficaste muito surpreendida quando o Sporting foi campeão na época passada?
Nada disso. Fiquei convicta e estupidamente feliz. Nada de surpresas. Título suado e muito desejado há muitos anos.
Já nem te lembravas como se festeja um título... Como é que festejaste foste para o Marquês desafiar o vírus?
Não. Estive com o meu irmão e uns amigos numa praça em Carnide a ver o jogo e segui para casa cantando e buzinando pelo caminho.
Como é que te tornaste sportinguistas, com o é que te aconteceu uma coisa dessas?...
O meu irmão mais velho era um adepto ferrenho e cresci com posters do Cadete e os cânticos do Sporting. Foi um amor à primeira vista.
Sofres muito com o Sporting?
Sofro como qualquer adepto que partilha os valores do clube, mas caramba e a felicidade quando ganhamos é indescritível
E agora, vai ser mais 20 anos sem conquistar o título de campeão nacional?
Não creio. Mas ser adepto é vibrar com as vitórias e resistir à tristeza das derrotas. E é assim que eu sou como adepta deste grande clube de que me orgulho muito.
És uma pessoa feliz?
Não. Mas faço por isso todos os dias.