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O medo está na moda. A literatura, o cinema, as séries de televisão e até os discursos dos políticos parecem dispostos a quase tudo para nos pregarem sustos de morte. Ora, por maioria de razão, os videojogos não podiam passar ao lado desta tendência, até porque a popularidade dos mortos-vivos não seria o que é se não fosse o generoso contributo da indústria para a sua propagação. Resident Evil pode não ter sido o primeiro jogo a explorar o tema, mais foi certamente um dos mais bem sucedidos, como de resto demonstra a longa e proveitosa carreira que a série tem conhecido ao longo dos últimos anos.
Como o próprio nome indica, Resident Evil 3 é a sequência óbvia de Resident Evil 2, lançado há cerca de um ano com estrondo, numa altura em que vírus, pandemias e quarentenas eram palavras que apenas usávamos para falar de ficção. Tal como o antecessor, o mais recente lançamento da Capcom é uma versão revista, aumentada e modernizada do original, lançado há mais de 20 anos para a velhinha Playstation.
Gráficos de última geração e uma jogabilidade atualizada ajudam a tornar a experiência ainda mais realista e, por tabela, mais assustadora. Mais focado na ação do que o antecessor, Resident Evil 3 coloca o jogador na pele de Jill Valentine, forçada a escapar de Racoon City depois de um acidente biológico ter deixado a cidade em ruínas. Para complicar, para além dos zombies do costume, o jogo introduz Nemesis, uma espécie de super-zombie que aparece regularmente para tornar tudo ainda mais assustador. Uma forma diferente de enfrentar o estado de emergência.