Estamos a caminhar para um cenário em que a saúde do jogador é o último critério a ser considerado
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Há lesões que acontecem por azar. Um pé mal apoiado, uma bola dividida mal medida, um choque fortuito. Mas há outras que parecem programadas pelo Excel do calendário competitivo. Nos últimos meses, nomes como Lamine Yamal ou Ousmane Dembélé caíram nas estatísticas de lesões não tanto por azar, mas por excesso de minutos. Jogar, treinar, viajar, repetir. E outra vez. Até a máquina mais bem oleada precisa de pausa.
O problema é que o futebol moderno não tem pausa. Tem Champions, Liga, Taça, Supertaça, Mundial de Clubes, Liga das Nações, eliminatórias das seleções, jogos de preparação, torneios de verão com nomes exóticos e digressões por quatro fusos horários em sete dias. É um autêntico rodízio de competições onde o jogador deixa de ser atleta e passa a ser churrasco - virado de meia em meia hora até ficar queimado.