<strong>PlayStation 4 </strong>Call of Duty: Infinite Warfare
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Quem não esteve no planeta Terra durante a última década, talvez não saiba da existência da série Call of Duty, a mais bem-sucedida franchise de videojogos de todos os tempos. O resto dos mortais não precisa de grandes apresentações. Durante a última década, a série da Activision dominou as tabelas de vendas a nível mundial com uma oferta que colocava o acento tónico na ação e na espetacularidade dos cenários propostos. A questão é que, este ano, os concorrentes subiram a fasquia. Títulos como Battlefield 1 ou Titanfall 2 reclamaram os holofotes para si e forçaram Call of Duty a correr riscos. Infinite Warfare é o resultado desse desafio.
Pela primeira vez, o jogo leva o conflito para lá das fronteiras do planeta Terra, desenrolando-se num futuro não muito distante. O cenário permite alguma liberdade criativa em termos do armamento usado, embora seja evidente a preocupação de manter tudo mais ou menos verosímil. E sendo verdade que o título respeita a herança de ação frenética deixada pelos antecessores, o facto é que a deslocação para o espaço acaba por não resultar numa evolução clara. A introdução de Kit Harington, tornado famoso pelo papel de Jon Snow na série "Guerra dos Tronos", acaba por resultar num vilão subdesenvolvido que não acrescenta quase nada a uma trama previsível, tornando a campanha tão frustrante quanto curta. Sobram os inúmeros modos online, que mais uma vez parecem ter concentrado os esforços dos produtores. Na verdade, para lá dos cenários não há muito para distinguir a experiência oferecida por Infinite Warfare do excelente Black Ops III, lançado no ano passado. E esse é um problema para a Activision numa altura em que há cada vez mais alternativas a considerar no mercado.