VELUDO AZUL - Um artigo de opinião de Miguel Guedes
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A derrota com o Nacional entrou para o panteão das piores memórias do portismo das últimas décadas. Na realidade, não me recordo de uma primeira parte assim, sem chama alguma, repleta de erros, despropositada, sem nada senão ausência, sem uma equipa, sem uma mínima dimensão coletiva, sem interesse ou razão para existir. Precisamente, na lógica do absurdo, no momento em que era possível atacar a liderança da Liga após afastamento prolongado, a resposta desta equipa anónima foi miserável, aterradora e convoca os piores receios. Quando uma equipa não se motiva para subir à liderança, há algo de muito errado a acontecer e abre-se a suspeita de que nem tudo decorrerá debaixo dos nossos olhos.
E é por isso que todas as dúvidas existem para o jogo de hoje, frente ao Gil Vicente: será um jogo de uma equipa a sério ou um teatro vicentino que se cole escrito ao nome do adversário? Se começar por ser um jogo do galo, convém não dar em empate. O único resultado admissível em Barcelos é uma vitória do FC Porto que responda às mais fundas e legítimas dúvidas dos adeptos sobre o estado do que verdadeiramente deseja esta equipa. Não é possível regressar ao inadmissível.