JOGO FINAL - Uma opinião de Vítor Santos
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O Mundial do Catar rompeu com as tradicionais duas voltas do campeonato, até à época em curso sempre disputadas com o mesmo número de jogos.
A organização da Liga continua, naturalmente, a prever duas etapas divididas ao meio, mas a hibernação imposta à competição durante o torneio permite olhar para um ciclo de 13 rondas, já disputadas, e outro de 21, que começaram a ser jogadas em Vila do Conde, na sexta-feira.
O Benfica só desperdiçou dois pontos no primeiro turno, realizando um percurso demolidor - ainda não perdeu em 2022/23 -, o que lhe permitiu chegar à pausa com uma impensável vantagem de oito pontos para o segundo classificado, o FC Porto, com uma vitória no Dragão pelo meio.
É evidente, por isso, que a equipa de Roger Schmidt parte com uma almofada muito interessante, que estará à prova já na próxima sexta-feira, na visita ao Sporting de Braga, um bom adversário para testar o momento dos encarnados, depois do primeiro dissabor da temporada ter chegado em forma de empate, em Moreira de Cónegos, onde o líder da 2.ª Liga conseguiu parar o rolo-compressor do Benfica, atirando-o para fora da Taça da Liga.
A viagem à Cidade dos Arcebispos permitirá perceber se estamos perante uma desaceleração ou de um acidente de percurso, mas um dado é certo: o Benfica terá concorrência. E forte. É o que se sente ao ler as palavras de Sérgio Conceição e Grujic, em entrevistas a O JOGO. Os portistas acreditam que é possível recuperar da desvantagem, veremos agora quantas voltas e reviravoltas terá esta longuíssima segunda volta do campeonato.