Kokçu teria de ser à prova de bala, mas foi um projeto falhado no Benfica
SUPERIOR NORTE - Um artigo de opinião de Vítor Santos, diretor do Jornal de Notícias
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Ninguém se atreverá a dizer que Kokçu é mau jogador. O médio turco tem visão periférica em campo, consegue desenhar os melhores passes, marca os ritmos do jogo, é um bom rematador e, ao cabo de duas épocas no Benfica, até já sabia defender. O problema para Kokçu - naquele momento o jogador mais caro da história do futebol português -, pelo que vimos durante os últimos dois anos, é também ninguém se atreverá a dizer que a passagem do centrocampista pela Luz tenha justificado o valor da contratação: 30 milhões de euros.
Órfã de Enzo Fernández, que cuspiu no prato e voou para o Chelsea meio ano depois de chegar a Portugal, a administração do Benfica, então campeã, avançou por um alvo bem identificado: o capitão do Feyenoord. A realidade, sabemos agora, é que, após a saída de Enzo, o Benfica esteve na iminência de obrigar o FC Porto a ganhar um campeonato que a equipa de Roger Schmidt tinha no bolso e, depois da chegada de Kokçu, o Benfica não voltou a ser campeão. É evidente que a época não é definida por um só jogador, mas Kokçu ficou sempre aquém.