JOGO FINAL - Uma opinião de Nuno Vieira
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O investimento no plantel e a chegada de mais-valias eram, desde já, suficientes para alimentar a fome dos adeptos do FC Porto em relação ao campeonato que arranca na próxima semana, mas Francesco Farioli, que já teve o condão de fazer esquecer as tardes e noites de pasmaceira e sofrimento com Martín Anselmi, mereceu um prémio extra em pleno dia de apresentação, frente ao Atlético de Madrid.
Luuk de Jong foi a surpresa na apresentação do FC Porto. Chega para concorrer com Samu e para dotar o ataque de maior experiência. Uma aposta teoricamente certeira.
Com todos os jogadores perfilados no centro do terreno, eis que, pelo túnel do Dragão, surge Luuk de Jong, um ponta-de-lança de reconhecidos méritos que, ao longo dos anos, foi deixando o rótulo de goleador por onde passou, mesmo que não tenha sido especialmente efusivo na pontaria nas experiências que teve em Espanha — ambas ao mais alto nível (dois anos no Sevilha e um no Barcelona) — e no início de carreira na Alemanha. Mas a folha de serviços quando jogou nos Países Baixos é de respeito, assim como a sua imagem de grande profissional e predador de área. De Jong tem 34 anos, completa 35 ainda este mês, mas, ainda na época passada, marcou 18 golos e fez 11 assistências, depois de números esmagadores em 2023/24 – 38 remates certeiros e 18 passes decisivos, também ao serviço do PSV Eindhoven.
A aposta de André Villas-Boas é, teoricamente, acertada. O reforço sonante chega para fazer concorrência a Samu, ao mesmo tempo que oferece experiência ao coletivo. Importa saber como o jovem espanhol vai reagir a tão forte opositor na luta pelo lugar de destaque na linha ofensiva, mas talvez seja o clique de que está a precisar para voltar a encontrar-se com os golos. A plateia do Dragão assim o espera.