A saída iminente de Porro, além de fragilizar o Sporting, coloca pressão adicional sobre Varandas e, se o jogador não atuar diante do FC Porto, iliba Rúben Amorim em caso de derrota.
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Rúben Amorim não precisava de outra machadada assim. O treinador do Sporting prepara-se para perder mais um jogador na antecâmara de um jogo com o FC Porto, depois de ter visto Matheus Nunes apanhar o avião rumo a Inglaterra no final de agosto, antes da visita ao Dragão para o Campeonato.
O médio, agora no Wolverhampton, era o farol da equipa no início da época, e em relação a Porro o ano mudou mas a influência continua, emergindo claramente como unidade determinante num plantel desequilibrado.
O acordo entre o Tottenham e o Sporting está por um fio. E, sendo fechado nos próximos dias, o mais provável é que o espanhol fique de fora do clássico de depois de amanhã. A equipa, sem um substituto à altura no imediato - Ricardo Esgaio, não sendo tão mau como o assobiam, está a léguas do companheiro -, ficará sempre a perder, enquanto os cofres se enchem e, em relação a isso, há pouco a fazer, uma vez que a transferência será feita pelo valor da cláusula de rescisão do lateral, fixada em 45 milhões de euros.
Quem estará pouco importado com isso são os adeptos, porque, efetivamente, não lembra ao demónio perder os dois melhores jogadores antes de um clássico em momentos distintos da época. Aos olhos da nação leonina, Rúben Amorim também será uma espécie de vítima, mas alguém terá de arcar com as consequências em caso de derrota na final com os dragões. Mais do que ninguém, Frederico Varandas suspira por um triunfo no clássico.