Manter os balneários blindados ao ruído exterior, numa altura em que entram pela porta da frente caras novas quase todos os dias, é só um dos desafios de Rúben Amorim e Vítor Bruno
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Um clássico à quarta jornada nunca é verdadeiramente decisivo, mas nem por isso deixa de ser importante. Por valer os três pontos que se ganham mais os três que se impede um rival direto de somar, por anteceder um período de paragem para jogos internacionais - e é sempre mais fácil passar duas semanas a trabalhar sobre uma vitória do que sobre uma derrota - e, normalmente, pelo impacto anímico que pode ter - positivo ou negativo - numa fase prematura da temporada. Um impacto relativizado, neste caso, pelo jogo da Supertaça realizado há menos de um mês.
Por exemplo, se o FC Porto tivesse perdido esse jogo, uma nova derrota em Alvalade poderia abalar-lhe definitivamente as convicções que tem vindo a construir. Quanto ao Sporting, a resposta dada nos três primeiros jogos do campeonato à forma como permitiu a reviravolta de 3-0 para 3-4, em Aveiro, parece ter sido clara quanto à firmeza inabalável da ideia de jogo de Rúben Amorim. Portanto, é improvável que o próximo clássico deixe cicatrizes permanentes em qualquer das equipas, independentemente do resultado. Tanto mais quanto o jogo se disputa em cima do encerramento da janela de transferências, numa altura em que tanto em Alvalade como no Dragão se procura dar os últimos retoques nos respetivos plantéis. De tal forma que é provável que, da próxima vez que se encontrarem, Sporting e FC Porto sejam equipas consideravelmente diferentes das que se vão defrontar agora.