Quem gosta de futebol começa a contar os dias para o arranque deste exótico Campeonato do Mundo catari, mas é impossível não ficar a salivar pelo regresso das equipas portuguesas à Champions.
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Depois de uma fase de grupos notável de FC Porto e Benfica, e um travo amargo pela saída de cena do Sporting pelo meio, o sorteio de ontem traduz-se em doses de esperança para o que aí vem. Não há adversários fáceis nos oitavos de final da Champions, é certo, só que podia ser bem pior.
Dificilmente alguém escolheria outro adversário para a equipa de Roger Schmidt, que jogará com o Club Brugge. Os dragões não tiveram tanta sorte, até porque não podiam defrontar os belgas, com quem mediram forças na fase de grupos, mas podem sustentar o otimismo no histórico recente com formações italianas, que se traduz em boas recordações.
Lá teremos de esperar por esse longínquo fevereiro para o regresso à ação. Muita coisa poderá mudar, porque, entretanto, há um janeiro de mercado aberto à negociação de jogadores. Como a posição dos clubes portugueses se situa sempre mais na perspetiva do vendedor do que do comprador, ao contrário dos italianos (os belgas nem tanto), é, por todos os motivos e mais este, prematuro analisar as forças em confronto além do óbvio: o FC Porto tem boas hipóteses de avançar, o Benfica tem obrigação de o fazer.
Veremos como estarão, daqui por três meses, as duas equipas que melhor futebol praticam em Portugal neste momento. Esperemos que estejam na máxima força. É preciso continuar a saltar barreiras na perseguição aos Países Baixos, que seguem à frente do nosso país no ranking da UEFA. Depois do que já vimos nesta edição e conhecido o sorteio, não é absurdo pensar que é possível fazer o que nunca foi feito: ter duas equipas nos quartos de final da Liga dos Campeões.