Conceição tirou o Arsenal da sua zona de conforto do futebol rápido e físico. Dragões bateram-se como iguais, mas no horizonte continua a Taça e razoável distância pontual para o topo da Liga.
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Lição tática de Sérgio Conceição a Mikel Arteta e grande compromisso e abnegação dos jogadores portistas são duas das conclusões óbvias das duas mãos da eliminatória dos oitavos de final da Champions entre FC Porto e Arsenal.
Como ninguém imaginará que o terceiro classificado da liga portuguesa encostou às cordas o líder da Premier League inglesa como resultado da qualidade e competitividade do campeonato português, o mérito do que se viu, primeiro, no Dragão e, ontem, no Emirates deve ser inteiramente creditado ao trabalho meritório de equipa técnica e atletas azuis e brancos. O treinador dos dragões soube tirar da sua zona de conforto do futebol intenso, rápido e físico, em que está habituada a discutir no plano interno, uma equipa inglesa que só não caiu numa crise de nervos porque o golo que igualou a eliminatória surgiu antes do intervalo, no chamado momento psicológico e num daqueles lances a que se convencionou chamar detalhes (que decidem jogos) mas na realidade são fruto de qualidade técnica de uns e erros defensivos de outros.