Sporting fará com Gyokeres um investimento muito elevado para um clube português

Tenho saudades de ver Sporting jogar. Estou cansado deste mercado de transferências e a procissão ainda vai no adro.

O rol de expressões é interminável: possíveis, prováveis, na mira de..., na corrida por..., desejado por..., interessado em... , etc. Tudo bem espremido, resume-se a um monte de quase nada. No final deste período, provavelmente 90% dos nomes referidos não serão possíveis ou prováveis, não estiveram na mira de..., não foram desejados por..., e não houve interesse ou corrida por... Os negócios efectuados serão muito inferiores aos anunciados. O catálogo de vendas comporta demasiados nomes, é muito vasto.

Embora a comunicação social já tenha dado como certa a transferência de Gyökeres para o Sporting, o clube ainda não se manifestou. Presumindo que de facto esta transferência vai acontecer, direi que o Sporting fará um investimento muito elevado para um clube português e com uma margem de risco apreciável. Confio no discernimento de Frederico Varandas, Hugo Viana e Rúben Amorim e espero que o jogador sueco seja o avançado de que o Sporting precisa.

Embora considere que precisamos dum avançado goleador, a minha preocupação centra-se no meio-campo e na substituição de Ugarte. Não tenho dúvidas que existem no mercado jogadores com as características do uruguaio, mas conseguir contratá-los por valores comportáveis para a nossa bolsa é outra conversa.

Mais uma vez confio que os responsáveis do Sporting tinham a saída de Ugarte prevista e que têm soluções exequíveis em carteira.

Fiquei surpreendido com dispensa de Arthur Gomes. Sem ter feito uma época "do outro mundo", Arthur foi um jogador útil, que saltou várias vezes do banco para jogar a lateral-direito, tendo cumprido. Rúben Amorim terá razões que desconheço.

Já está a decorrer a Volta à França em bicicleta. É um dos maiores e melhores eventos desportivos do mundo. Tenho visto etapas fantásticas que só o "Tour" consegue proporcionar. Simultaneamente decorre o Torneio de ténis de Wimbledon. Outro evento desportivo extraordinário onde o desportivismo e correcção dos jogadores e jogadoras é notável. Jogos como o que vi entre Andy Murray e Stefanos Tsitsipas, talvez a melhor partida do torneio até agora, faz-me pensar que há muita coisa deste desporto que faz muita falta ao futebol. Vamos esperar que os sauditas e os seus petrodólares não queiram também comprar o Tour e Wimbledon e levá-los para a Arábia. Tudo é possível. "Eles comem tudo e não deixam nada". Até para a semana!