O leão entrou em Barcelos moralizado e saiu do jogo direto ao sofá do psicólogo, depois de evidenciar a matriz "bipolar" apontada por Amorim, que costuma ser sinónimo de perda de pontos.
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Contra boa parte das previsões, o Sporting desacelerou em Barcelos e deixou FC Porto e Sporting de Braga mais desafogados, não obstante ter diminuído para sete e cinco pontos a desvantagem para os rivais, respetivamente.
O empate com o Gil Vicente, ainda que esteja longe de colocar um ponto final na corrida ao pote dourado da Liga dos Campeões, é um revés duro e inesperado, porque surge, provavelmente, no melhor momento dos leões na época 2022/23.
Como qualquer um dos grandes clubes, o Sporting depende dos milhões da Champions para definir o nível de investimento para a próxima campanha. Apesar dos bons resultados financeiros, o clube não está assim tão folgado, deixando uma vez mais a ideia de falhar nos momentos capitais. Pior ainda, fê-lo na antecâmara da visita do FC Porto ao Estádio da Luz, deixando os dragões mais confortáveis.
Rúben Amorim continua a falar de ingenuidade, da falta de instinto matador. Terá faltado, isso sim, um ponta-de-lança maduro, uma verdadeira alternativa a Paulinho, que o jovem Chermiti ainda não consegue ser.
Do outro lado, mérito para um Gil Vicente valente que, curiosamente, tinha na frente de ataque um finalizador que o leão, no início da época, abdicou de contratar. Ontem, também Fran Navarro, engolido pelos defesas leoninos, foi incapaz de fazer golos, mas o Sporting não aproveitou, voltando a tropeçar em Barcelos, onde já tinha sido infeliz na atual temporada, ao perder com o Varzim, na despedida precoce da Taça de Portugal.