JOGO FINAL - Uma opinião de Vítor Santos
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Depois de uma entrada na época a transmitir boas sensações, Roger Schmidt praticamente conduziu o invicto Benfica ao primeiro objetivo. Só um apagão coletivo das águias na Luz permitirá ao Dínamo Kiev inverter o rumo da eliminatória e impedir as águias de estar na fase de grupos da Liga dos Campeões.
A equipa de Schmidt voltou a mostrar competência e só uma hecatombe impedirá o Benfica de estar presente na fase de grupos da Liga dos Campeões
É um arranque em tudo igual ao de 2021/22. No ano passado, por esta altura, Jorge Jesus enchia o peito de ar, recuperava o fôlego e renovava a promessa de jogar o quádruplo, ou coisa parecida. Não se confirmou e poucos meses depois estava de saída. Além de mais arrumado, o Benfica parece, agora, mais avisado.
O discurso mudou, a vassoura passou pelo balneário, Schmidt não é Jesus - como se viu nos elogios a Vlachodimos -, Rui Costa acumula crédito e experiência, mas o perigo espreita e as águias, por o pressentirem, até tiveram o cuidado de adiar um jogo para ganhar tempo, frescura e dinheiro. A próxima partida na Liga, porém, será disputada, sem Otamendi, no Estádio do Bessa, casa de um Boavista que costuma dar trabalho às águias.
Com os milhões congelados, surgem previsões de bom tempo e de futebol no estado mais puro para o fim de semana. A pausa no play-off da Champions chega na antecâmara do FC Porto-Sporting, um clássico de verão que desperta emoções e permite discutir sobre futebol sem recurso à calculadora.
O dinheiro da UEFA será sempre necessário, até porque as contas dos clubes estão alinhadas com as finanças do país, mas o primeiro objetivo de FC Porto, Sporting e Benfica continua a ser a conquista da liga interna e os adeptos suspiram por aquela vitória inesquecível sobre o rival. Por isso, foco total no clássico. Com o Benfica no sofá.