A Cimeira de Presidentes da Liga foi um “happening”, graças também a Ceferin e Al-Khelaifi. Contra a Superliga, marchar!, pediram. Desportivamente, no entanto, tendemos a afastar-nos do “continente”.
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Pedro Proença teve o mérito de levar ontem a Coimbra bem mais do que praticamente todos os presidentes das sociedades desportivas do futebol profissional português - convocou também as presenças, ainda que por meio audiovisual, dos máximos mandatários da UEFA e da ECA, a Associação Europeia de Clubes. Aleksander Ceferin e Nasser Al-Khelaifi (este com o peso adicional de ser presidente do PSG) conferiram dimensão internacional à cimeira portuguesa, em termos de impacto mediático mas, sobretudo, dos assuntos em discussão.
Numa altura em que o futebol luso debate temas estruturantes para os próximos anos, caso da centralização dos direitos televisivos, da adequação dos quadros competitivos ou a pressão junto do poder político para um desagravamento fiscal, as “tele-presenças” de Ceferin e Al-Khelaifi acabam por ser um reconhecimento do peso do presidente da Liga Portugal e em simultâneo das Ligas Europeias. Assim como do próprio futebol luso e seus clubes na “cruzada” contra o espectro da Superliga.