Aos 40 anos, Pepe é exemplo enquanto profissional. Continua apaixonado pelo jogo, cuida-se como poucos e não manda dizer por ninguém: quer entrar a vencer. E o primeiro jogo oficial é frente ao Benfica.
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Há quem diga que quem gosta da profissão não trabalha, diverte-se. Se calhar, é um exagero, porque não existem máximas absolutas.
Algumas, no entanto, parecem encaixar na perfeição a determinadas situações. Esta, em particular, assenta na medida aos desportistas profissionais.
Haverá exceções. Escassas. Poucos jovens praticantes não terão sonhado um dia fazer do desporto a principal ocupação. A competição vicia, apaixona e, com muito trabalho e alguma sorte, pode garantir bom rendimento e até retorno afetivo, porque é fácil ser herói, nem que seja por um dia ou por um golo.
Mais complicado, parece-me, é pisar a casa 40 e continuar com a mesma paixão pelo jogo. Acontece com Pepe. Com a idade do capitão portista, só com níveis de motivação muito altos é possível levantar cedo, dia após dia, para treinar, quando se tem uma vida financeiramente estável. Não é tudo, mas a motivação para estar em campo e o indomável espírito ganhador ajudam a explicar a longevidade da carreira de Pepe, senhor de um percurso extraordinário, nos clubes e na Seleção. No primeiro contacto com a pré-época, o luso-brasileiro logo confidenciou as saudades do treino. Via as imagens dos colegas no Olival e ficava ansioso por voltar.
Pepe, entretanto, já se encontra com a equipa no Algarve, onde os dragões afinam os motores para 2023/24. As saudades da relva acabaram. Falta a competição, para matar o vício de vencer. Nesse sentido, disse ao que vinha: "Entrar forte e conquistar o máximo de títulos possível". O primeiro jogo oficial é a decisão da Supertaça, com o Benfica.