O Famalicão é um daqueles casos raros onde os resultados financeiros não comprometem o rendimento desportivo. O futebol português precisava de mais clubes de classe média assim
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A SAD do Famalicão oficializou ontem a transferência de Luiz Júnior para o Villarreal por 12 milhões de euros, confirmando-se como uma das que mais faturam em Portugal no mercado de transferências e, simultaneamente, num dos principais fornecedores dos tradicionais candidatos ao título. Contas por alto, nos últimos cinco anos terão sido perto de 80 milhões de euros garantidos pela aposta em jogadores de elevado potencial como foram Iván Jaime, Otávio, Toni Martínez, Pedro Gonçalves, Ugarte, e como são agora mesmo Gustavo Sá, Zaydou ou Moura. E a prova de que o Famalicão não tem dúvidas sobre a qualidade dos jogadores que transfere é o facto de, quase sempre, garantir percentagens dos passes ou de mais-valias futuras que multiplicam as receitas iniciais e as estendem no tempo.
Fazê-lo enquanto mantém uma das equipas mais competitivas do campeonato apenas sublinha a singularidade daquilo que tem sido alcançado pela SAD famalicense. Mesmo tendo perdido o jogador mais influente da última temporada - Cádiz - e, agora, o titular da baliza, o Famalicão está no já restrito lote de equipas com duas vitórias nas duas primeiras jornadas, sendo que foi a única a enfrentar e conseguir bater um dos três grandes.