Num ápice, o Benfica contratou dois reforços. Vão ter de esperar, mas fazem sentido, porque chegam para posições deficitárias. Enquanto conhecem a nova casa, vai brilhando Enzo. Falta saber até quando.
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Se dúvidas houvesse sobre a importância de Enzo na equipa do Benfica, foram dissipadas ontem. As águias precisaram de trabalhar muito para vencer o Varzim, da Liga 3, tendo o argentino, sem fazer um jogo deslumbrante, vincado a sua influência em campo. O golo que marcou é um pormenor, mais útil até no sentido de se reconciliar com os adeptos, a diferença foi feita através de uma capacidade pouco vista num jogador tão jovem de pressionar os adversários e, em simultâneo, ter pulmão para marcar os ritmos da equipa.
Com Enzo em bom plano, a águia estará sempre mais perto de vencer. Veremos até quando consegue segurar um jogador que já esteve com um pé e meio no Chelsea, porque até ao fim do mês a saída é possível.
Em sentido inverso, os encarnados reforçaram-se com dois jogadores provenientes do norte da Europa, onde normalmente os clubes britânicos costumam abastecer-se e com bons resultados. O dinamarquês Casper Tengstedt (22 anos) é ponta-de-lança e o norueguês Andreas Schjelderup (18 anos) extremo. Atendendo ao rendimento dos novos companheiros, terão de esperar pela oportunidade, mas chegam para zonas do terreno onde Schmidt costuma ter dificuldades, uma vez que as águias nem sempre conseguem traduzir o caudal ofensivo em golos e David Neres é protagonista quase exclusivo nas linhas.
A aposta prova que Rui Costa, definitivamente, está mais preocupado com a questão desportiva do que com qualquer outra coisa. Está obrigado a ganhar este ano, a aquisição dos dois reforços justifica-se e a opção por jovens com potencial de valorização faz sentido.