Transferir Enzo é interessante para o Benfica do ponto de vista financeiro, mas no plano desportivo não é tão agradável, uma vez que dificilmente conseguirá um médio como o argentino.
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O Campeonato do Mundo ainda não terminou e o mercado está a entrar em ebulição, com promessa de negócios mirabolantes para consumar em janeiro ou no final da temporada.
Nesse sentido, o primeiro jogador do campeonato português a acertar o futuro parece ser cada vez mais Enzo Fernández, o médio do Benfica que brilha ao lado de Messi.
O argentino ainda não partiu, aliás, ainda nem voltou do Mundial, para se juntar aos companheiros que trabalham com Roger Schmidt e já se percebe que Rui Costa tem, a médio prazo, um problema para resolver. O impacto de Enzo no futebol do Benfica é evidente. Comanda o meio-campo com a sabedoria de um jogador maduro e a energia própria dos 21 anos. Joga, faz jogar, marca e assiste. Pelos ecos que chegam de Inglaterra - e atendendo ao que pode ler nas páginas da edição de hoje de O JOGO - está visto que as águias vão perder aquele que é o seu jogador mais importante, estando já no terreno a perceber de que forma será substituído.
A abordagem do Liverpool é sólida, o agente do médio conhece-a, o clube agrada e está apostado em não deixar escapar uma pérola com cláusula de rescisão avultada - 120 milhões de euros. No que resta da temporada perceberemos em que medida esta promessa tácita de mudança para Liverpool afetará o rendimento de Enzo, cuja saída será, na perspetiva financeira, um grande negócio para o Benfica, mesmo que não seja feito pelo valor da cláusula. Já no plano desportivo, não parece tão agradável, uma vez que dificilmente será possível tirar da cartola outro trunfo desta dimensão, capaz de causar impacto imediato na liga interna, na Champions e no Mundial.