Rúben Amorim deu o peito às balas para defender os jogadores e as cúpulas da SAD do Sporting, que não teve capacidade, ou dinheiro, para encontrar substitutos ao nível dos jogadores vendidos.
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Na véspera de um dia importante para o Sporting e para o futebol português, muito perto de confirmar a presença de três equipas nos oitavos de final da Liga dos Campeões, Rui Amorim surpreendeu ao afirmar que existe uma clara diferença na qualidade do treinador, olhando para os resultados do Sporting e do Benfica.
Como Rúben Amorim, além de bom treinador, é excelente comunicador, a ideia só pode ser interpretada como forma de proteger o grupo de jogadores que conduz e a estrutura dirigente, partindo do princípio que não estaria, e pareceu que não, a ser irónico.
Pode concordar-se ou não com as mudanças que Rúben Amorim introduziu, para esta época, na equipa do Sporting, no sentido, sobretudo, de apostar numa maior mobilidade atacante, em detrimento de jogadores mais posicionais. Mas creio que ninguém se atreveria a dizer, exceto o próprio, que é pior treinador do que Roger Schmidt.
Pelo que fez em Portugal até agora, o técnico do Benfica merece ser elogiado, mas com um grupo de jogadores diferente. O que faria o alemão com o plantel do Sporting? Não sabemos. Esta é a grande questão. Rúben Amorim colocou a tónica na capacidade do treinador. Só que esse não é, de todo, o grande problema dos leões. Ao fazê-lo, defendeu o plantel e Frederico Varandas. Deu o peito às balas, porque os reforços contratados pelo clube no verão não têm a qualidade de Palhinha e Matheus Nunes, por exemplo.
Mesmo assim, e em dia de Champions é isso que importa, Rúben Amorim tem conseguido manter a equipa dentro da luta pelo apuramento na prova. Falta um ponto, o mais importante, que, acredito, o Sporting será capaz de somar esta noite, na receção Eintracht.