Depois das desilusões quando bastava empatar, será que a Seleção vai tremer confrontada com situação idêntica na fase de grupos do Mundial? A eliminar, será sempre a andar, porque o melhor está para vir.
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Após a grande vitória, a grande desilusão. Desconstruindo, nem a Chéquia é a Espanha, nem a Liga das Nações é uma competição assim tão importante ao ponto de entrarmos em depressão e, sobretudo, começarmos a questionar tudo o que envolve a Seleção Nacional.
Mas a melhor forma de evitar amargos de boca é começar por identificar por que razão Portugal perde sempre que o objetivo pode ser consumado com um empate. Foi assim na edição da anterior da Liga das Nações, na receção à França, na campanha do apuramento para o Mundial, diante da Sérvia - em que caímos para o play-off -, e agora, diante da "Roja.
Há coincidências, evidentemente, mas neste caso existe também tendência para nos metermos a jeito, com todos os perigos que isso envolve, como se viu ontem em Braga.
Nem tudo foi mau, no entanto. Portugal mandou no jogo durante largos períodos, controlando os movimentos dos espanhóis e criou oportunidades de golo. O grande finalizador apareceu no sítio certo mas em nenhuma das ocasiões marcou. É estranho, Portugal pareceu órfão de um jogador que estava em campo: Cristiano Ronaldo. O capitão esforçou-se muito, mas ao contrário do que aconteceu vezes sem conta no passado não conseguiu resolver sozinho um problema que é de todos. E se é de todos, vale a pena, quando CR7 não está bem, apostar nas alternativas mais cedo.
Como Fernando Santos prometeu que o melhor estava para vir ainda neste 2022, vale a pena transferir a esperança. Menos mal, resta-nos o Mundial, uma competição bem mais importante.