O que assistimos na Noruega, penosamente, deverá ser uma lição para o manual. O regresso ao Dragão deverá devolver à equipa Varela, Galeno e Pepê
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A pressão de ter que corresponder após uma derrota muito difícil de mastigar. A estreia na Liga Europa parece adensar um percurso errático sempre que saímos do nosso “habitat” natural, o da Liga dos Campeões. Como se, de alguma forma, a segunda competição fosse a última desejada, a derrota frente a uma equipa com travessão no nome não desmerece apenas pelo nome do adversário mas sobretudo pela nossa incapacidade de jogar o jogo pelo jogo, contrariar as poucas armas fortes do adversário e impor a nossa superioridade e valia. Uma análise bem sintética não coloca todas as hipóteses para o aparecimento de um súbito desastre à flor da relva.
A escolha do onze levantou, desde logo, as maiores dúvidas. O FC Porto tem a obrigação de olhar para a temporada como um leque de competições em aberto e tem, necessariamente, que exercer rotatividade e elencar alternativas. Mas o desígnio é maior do que a obrigação. E o desígnio não pode nem vai ser outro senão ganhar todos os jogos e em todas as competições em que está envolvido. A triste exibição na Noruega, muito fruto das escolhas macias em campo sintético, foi um desrespeito pela nossa história na competição. Acredito que Vítor Bruno acreditasse. Mas nenhum jogo inaugural numa competição europeia se pode abordar sem colocar todas as rotinas em campo e avançar com plenas armas principais. Sobretudo quando os jogos seguintes são no Dragão com o Arouca e, na segunda jornada da Liga Europa, frente ao Manchester United. Agora, obrigados a ganhar, mais do que nunca, ou não fosse esse o desígnio de sempre.