O atletismo português viu-se no topo da atenção mediática porque correr por uma banana e uma medalha numa manhã de domingo passou a custar mais uma taxa. E dois seguros
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A discussão sobre a licença para correr ainda agora começou, mas olhando ao que sucedeu depois da notícia d’O JOGO quase parece estar na reta final, em que todos “sprintam” e vale quase tudo, exceto arrancar olhos.
O déficit de prática desportiva em Portugal não merecia mais uma “taxa”, que é também penalizadora para quem se levanta às 6h00 de um domingo para correr 10, 21, 42 quilómetros, regressando a casa com uma banana e uma medalha num saco de pano. Compreende-se que quem organiza corridas - seja de estrada ou de trail - olhe com desconfiança para a ideia da Federação Portuguesa de Atletismo. E mais ainda quando se percebe que a FPA “namorisca” os atletas com a ideia de que o custo das inscrições pode até baixar, porque dispensa as organizações de ter seguro, incluído na licença. O facto de não ser possível organizar uma corrida sem seguro deve ser um pormenor que escapou à FPA… Mas, ainda assim, dispensam-se comunicados mais ou menos inflamados. Mas também são dispensáveis as “histórias da Carochinha” para adormecer o óbvio.