A JOGAR FORA >> Num ápice - é a minha faceta de adepto a vir ao de cimo -, já considero o grego como a grande esperança para o nosso ataque
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1 - Tenho ouvido e lido opiniões para todos os gostos a propósito da aprovação do orçamento do clube para 2024-25. Vou pela do Pedro Baptista-Bastos, amigo jurista que muito considero, que defende, baseado nos artigos 175º nº 2 do Código Civil e artigo 57º nº1 dos Estatutos, que se considere o orçamento aprovado. Assim se poupará - isto já sou eu a opinar - a realização de uma nova assembleia geral, que, em ambiente pouco condizente com o nosso passado democrático, discutiria tudo e mais alguma coisa menos o orçamento e voltaria a votar o documento como se de uma moção de confiança à Direção se tratasse.
2 - Não sou especialista de scouting, não acompanho o AZ Alkmaar, tão pouco a seleção grega, de modo que admito que desconhecia Vangelis Pavlidis. Num ápice - é a minha faceta de adepto a vir ao de cima -, já considero o grego como a grande esperança para o nosso ataque na próxima época. Aliás, precisamos muito que Rui Costa, que fez um excelente mercado de verão em 2022, mas falhou o de 2023 com as graves consequências que se conhecem, volte agora a acertar em cheio nos alvos.
3 - A contratação de Pavlidis antes de 30 de junho significa que Rui Costa vai privilegiar a vertente desportiva em detrimento da financeira, arriscando apresentar prejuízos no exercício 2023-24? Não tenho qualquer problema em aceitar contas negativas da SAD, dado que temos garantidas as receitas da Champions e do Mundial de Clubes, mas isto apenas se mantivermos capitais próprios positivos, o prejuízo for acompanhado de um plano de efetiva e ambiciosa redução de custos e, ainda, se a projeção para o exercício de 2024-25 nos conduzir de regresso aos lucros.
4 - Num país em que as fugas ao segredo de justiça acontecem de segunda a domingo, feriados incluídos, saúdo a abertura de um inquérito do Ministério Público às que se conheceram a propósito da “Operação Influencer”. Bem sei que nessas fugas está incluído, e não por boas razões, o nome do ex-primeiro ministro, mas muitas outras tiveram lugar no passado em processos que envolviam o Benfica, convenientemente branqueadas como “fontes”, e não me lembro de ter visto o Ministério Público assim tão preocupado com tamanhas poucas vergonhas.
5 - Vejo os jogos decisivos das modalidades, presencialmente nos pavilhões ou através das transmissões da BTV, e penso o quanto seria bom que o nosso estádio vivesse o mesmo ambiente de fervor e apoio incessante às equipas. Não sei se é porque os pavilhões não têm “corporates” nem “croquetes”, se é porque só lá vão os indefetíveis, que deveríamos ser todos, ou se é - tomem lá ironia - porque os treinadores só fazem alinhar os jogadores conforme a vontade dos adeptos. Sei que não era mau refletir-se sobre isto.
6 - Já toda a gente açoitou as opções de Martínez para o jogo com a Chéquia, de modo que me apraz aqui registar apenas a felicidade que tem acompanhado a nossa seleção: dois jogos, cinco golos, dois deles autogolos, três deles resultado de erros infantis das defesas adversárias. Podemos aspirar a tudo!