Portugal entrou de pé direito na Liga das Nações e Cristiano Ronaldo fez o mesmo para escrever mais um capítulo da sua história, quebrando a barreira dos 900 golos
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1 Começar com uma vitória é sempre a melhor forma de começar. Se a vitória for sobre a Croácia, que há alguns meses deixou o primeiro aviso amigável sobre o que poderia correr mal no Europeu, tanto melhor. E se se juntar a isso uma marca histórica, como é a dos 900 golos marcados por Cristiano Ronaldo, então fica-se perto do início perfeito no arranque para mais uma edição da Liga das Nações. Como se esperava, Martínez não fez uma revolução no onze mais estável da Seleção, mas houve sinais de crescimento interessantes, na forma como os entendimentos no ataque funcionaram por exemplo. Ou como a linha de três na defesa voltou para a prateleira dos projetos falhados. Tudo junto, um pequeno passo para a Seleção, um passo de gigante para Ronaldo.
2 E, de repente, Bruno Lage quebrou o protocolo e resolveu cumprimentar, um a um, todos os jornalistas presentes na conferência de Imprensa de apresentação como novo treinador do Benfica. Um gesto inesperado do treinador encarnado que esclarece, para lá de qualquer dúvida razoável, que era ele a pessoa mais feliz naquela sala. Como o próprio disse, a história dele na Luz não podia acabar com aquele despedimento depois de ter perdido a vantagem de sete pontos que chegou a ter para o FC Porto, na segunda época em que orientou os encarnados. Ter um treinador feliz e motivado, que não está ali a fazer um frete e não se comporta como um robot, é um passo de gigante para o Benfica em relação aos últimos tempos. Agora, é preciso que Lage contagie a equipa, primeiro, e os adeptos, logo a seguir. Se o conseguir, talvez ainda vá a tempo de escrever um final feliz para a sua história pessoal no Benfica.