JOGO FINAL - Uma opinião de Vítor Santos
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De goleada em goleada, o desempenho do Al Nassr lá vai desmistificando a ideia de Cristiano Ronaldo, sempre pronto a destacar a capacidade das equipas dessa extraordinária liga da Arábia Saudita.
O Benfica somou a terceira vitória na pré-temporada, encantou no ataque, mas apresentou algumas dificuldades defensivas, que podem estar ligadas à inclusão dos reforços no processo.
Depois do Celta, também o Benfica passeou frente à formação árabe, vencendo por 4-1 um conjunto que já demonstrou alguma evolução em termos táticos de posicionamento, provavelmente reflexo positivo dos primeiros dias de trabalho com Luís Castro. Mas parece claro que o treinador português tem muito trabalho pela frente para emprestar à equipa princípios de jogo mais consentâneos com o futebol moderno, uma missão difícil se pensarmos que vários elementos apresentam movimentações taticamente rudimentares.
Retirar ilações dos jogos de pré-temporada é missão dos treinadores, qualquer análise fora do âmbito do grupo pode ser arriscada e contrariada, no futuro, por outra realidade, em competição, mas dá ideia que o Benfica parece menos sólido defensivamente. Não será um problema com origem no comportamento dos defesas, e até poderá estar ligado à inclusão dos reforços. De início, ontem foram três: Jurásek, Kokçu e Di María. Todos, curiosamente, apresentaram algumas dificuldades no processo defensivo, o que ajudou o Al Nassr a colocar dificuldades a Vlachodimos e a Samuel Soares.
A boa notícia, na perspetiva de Roger Schmidt, é que, com Di María, o ataque das águias não só mantém a dinâmica, como passa a contar com um toque adicional de classe, perfeito para as combinações com Rafa, Gonçalo Ramos e David Neres.