Uma exibição competente permitiu ao FC Porto entrada perfeita na Liga dos Campeões. Quando o coletivo evolui, soltam-se os génios e, assim, até parece fácil "ganhar" um jogo em 30 minutos.
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O FC Porto regressa à frente nacional, onde tantas dificuldades tem enfrentado neste início de campanha, com a missão cumprida na Europa. O jogo disputado na Alemanha, em Hamburgo, casa emprestada aos ucranianos do Shakhtar - também para mais de 15 mil refugiados -, não foi propriamente um passeio, nem ninguém o esperaria na melhor competição de clubes do Mundo.
O vice-campeão nacional venceu e mostrou a evolução natural e esperada, num momento crucial da época, em função da adaptação dos reforços à exigência de um clube que entra sempre em campo para vencer.
Nesse sentido, além do excelente resultado, que contraria a tendência portista de entradas com deslizes na Liga dos Campeões, a equipa de Sérgio Conceição deu sinais de estar a percorrer uma curva ascendente. Mais confiante, mais forte, mais concentrada, o que permite dar corpo à qualidade de jogadores como Galeno, que ontem aproveitou e mostrou como se derruba um adversário com três golpes, em apenas 30 minutos: dois golos e uma assistência para o terceiro, assinado por Taremi.
Claro que uma atuação deste calibre só é possível quando o coletivo funciona. Em futebol, ninguém dança sozinho. Também por isso, olhando para o ranking da UEFA, é bem preciso que Benfica e Sporting de Braga protagonizem entradas positivas logo à noite, diante de Salzburgo e Nápoles, respetivamente. Os bracarenses têm uma montanha mais alta para escalar, mas há mão-de-obra naquele plantel talhada para os grandes momentos. Por outras palavras, a receção ao campeão italiano talvez seja o jogo ideal para afastar, de uma vez por todas, a frustração de Faro.