JOGO FINAL - Uma opinião de Vítor Santos
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1 - No teste mais exigente da temporada, o Benfica passou com distinção em Turim.
A grande noite do Benfica em Turim resulta da estratégia de Roger Schmidt e da fartura de opções no plantel, o que permite às águias seguir em alta, com 12 vitórias em outros tantos jogos.
Só as dificuldades na finalização, que não são novas, obstaram a resultado mais dilatado, perante uma Juventus a léguas daquele papão que na década passada engolia tudo quanto era título no futebol italiano.
A vitória deixa os encarnados com o apuramento bem encaminhado rumo aos oitavos de final da Liga dos Campeões, como pretendia Rui Costa, que na passada semana explicou que as contas deficitárias da SAD se devem à opção de dar qualidade ao plantel. O mercado parece ter sido cirúrgico e começa a render frutos, ao ponto de existir mão-de-obra de primeira no banco. Quando Roger Schmidt decidiu que estava na hora de segurar o resultado, face à ameaça italiana na pressão final, olhou para o banco e tinha um campeão mundial, Julian Draxler. Lanço-o, e alemão amarrou o jogo com qualidade e sabedoria.
2 - Como se o mau resultado do FC Porto não bastasse, o pior estava para vir. Após o encontro de terça-feira com o Brugge, um grupo de criminosos atacou de forma covarde o carro onde seguia a família de Sérgio Conceição. Até para a estupidez há limites, neste caso, todos ultrapassados.
Não é só o técnico, que tantos títulos deu ao FC Porto, que não merece. Ninguém merece. Nem treinadores, nem jogadores, nem árbitros, menos ainda a família, em circunstância alguma. Que a culpa, como tantas vezes acontece em Portugal, não morra solteira. Não será fácil, porque os covardes nunca dão a cara, mas é preciso que as autoridades façam bem o seu trabalho, para que os autores daquele crime sejam punidos.