É difícil perceber a resistência dos elementos da administração cessante à entrada de Pereira da Costa para a SAD do FC Porto, desde logo considerando a vontade expressa pelos sócios
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A primeira reunião entre representantes da administração cessante e do presidente eleito do FC Porto terminou sem fumo branco. Nenhum dos elementos do atual elenco da SAD aceitou renunciar ao cargo para tornar possível a cooptação com funções executivas de Pereira da Costa, CFO escolhido por André Villas-Boas, para a sociedade desportiva do FC Porto. Surpreendentemente, nem Fernando Gomes, que apesar de já não estar em funções e ter manifestado a intenção de sair, recusou-se a renunciar antes da Assembleia Geral que não deverá acontecer antes do final de maio.
A boa notícia, para os cerca de 21 mil sócios do FC Porto que votaram no programa eleitoral de André Villas-Boas, é que o processo não está fechado e ainda há a expectativa de que seja possível encontrar uma solução em nova ronda de negociações agendada para hoje. Entretanto, o presidente eleito continua a não poder tomar as rédeas de vários dossiês importantes, como o do negócio com a Ithaka ou o da Academia da Maia, cuja Câmara Municipal já exigiu o pagamento de mais uma tranche de 15% do valor da operação da compra dos terrenos até meados de maio, bem como a situação do treinador Sérgio Conceição e dos contornos do contrato que assinou dois dias antes das eleições.