JOGO FINAL - Uma opinião de Vítor Santos
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A dupla de luxo da arbitragem portuguesa - João Pinheiro e Artur Soares Dias - foi contemplada com a nomeação para o primeiro clássico da Liga, o bracarense como árbitro de campo e o portuense como VAR.
Talvez olhando para o que se passou na decisão da Supertaça, em agosto, o Conselho de Arbitragem nomeou os melhores juízes da atualidade para o clássico, um estará no relvado, o outro no VAR.
São escolhas à prova de bala, nada a apontar ao Conselho de Arbitragem, que se protege do fogo de crítica séria, pelo menos antes de a partida começar, porque se alguém perder o clássico é praticamente certo que nas redes sociais a comunicação alternativa encontrará alguma coisa para bombardear os homens do apito, nem que seja através de uma linha torta. As escolhas de Fontelas Gomes surpreendem, no entanto. De tão óbvias, tornam-se inesperadas. Talvez o líder do Conselho de Arbitragem tenha pensado no que se passou no encontro de agosto, entre as mesmas equipas, na Supertaça, em que a qualidade do jogo foi claramente prejudicada pelo trabalho do árbitro. Por medo, pareceu-me na altura, porque só nesse receio de perder o controlo dos acontecimentos encontro justificação para os critérios utilizados, com cartões amarelos distribuídos a eito, que o "obrigaram" a mudar de estratégia na segunda metade. Parece-me que João Pinheiro tem capacidade, autoridade e confiança para deixar o duelo correr de uma outra forma, se todos os intervenientes ajudarem, claro está, até porque, com Artur Soares Dias na Cidade do Futebol, não podia ter melhor VAR. Se as comunicações funcionarem.