O FC Porto fez tudo para capitalizar ao máximo a saída de uma das referências do ataque nas últimas épocas
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1 A saída de Evanilson para o Bournemouth é o primeiro grande movimento de mercado do FC Porto e, como seria de esperar, é uma saída. Os 37 milhões de euros, que podem crescer mais dez por objetivos mais ou menos fáceis de concretizar, são um importante balão de oxigénio para as finanças do clube. O facto de o negócio se concretizar sem o pagamento de comissões de intermediação e de o FC Porto ter conseguido assegurar 100% do passe do jogador atempadamente, comprando os 20% que ainda pertenciam ao Tombense, demonstram a capacidade de antecipação da atual direção e o cuidado na realização ponderada de investimentos produtivos. Dito isto, tal como Vítor Bruno sublinhou, a saída de Evanilson “custa” golos e assistências e junta-se à perda de Taremi para deixar os dragões sem as duas principais referências atacantes das últimas épocas.
A equipa tem conseguido resultados mesmo utilizando um falso 9 como é Namaso, mas, de repente, é mais ou menos evidente a necessidade de reforçar o lote de pontas-de-lança para enfrentar uma época longa como a que acaba de começar. Aliás, o Santa Clara, que na última jornada foi ao Estoril vencer por 4-1, é já um teste de fogo à capacidade da equipa portista não apenas no ataque, mas também na defesa. E não falta quem esteja ansiosamente à espera da primeira reprovação num teste para ir à gaveta sacudir o mofo das críticas que rabiscaram à pressa durante a primeira parte da Supertaça.
2 As dúvidas sobre a eficácia da chicotada psicológica que António Salvador aplicou ao Braga ficaram dissipadas ontem, com a vitória sobre o Servette e a garantia de presença nas provas da UEFA em 2024/25. O Vitória está bem encaminhado para garantir o mesmo e o futebol português bem precisa que os “grandes” do Minho o sejam também na Europa.