Nem foi preciso uma grande bronca: bastou uma canção de parabéns fora de horas para ajudar ao resumo do ano do FC Porto. Em 2025, tudo corre mal. E o que começou mal, não dá sinais de melhorar
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Não era preciso um aniversário fora de horas para chegarmos a essa conclusão, mas o facto de um grupo de jogadores do FC Porto ter feito questão de cantar os parabéns a Otávio Ataíde depois do “recolher obrigatório”, abrindo novo caso no universo portista, confirma que 2025 está a ser um ano que nem o mais pessimista imaginaria.
Era fácil imaginar, por outro lado, que o primeiro ano da presidência de André Villas-Boas tivesse problemas sérios fora das quatro linhas, mas o que todos pensariam é que essas dificuldades teriam mais a ver com o lado financeiro. Afinal, havia mais. O ano de 2025 está a ser a Lei de Murphy para o FC Porto. Podia correr pior? Podia. E corre. Dentro e fora das quatro linhas, uma estranha e pouco habitual sucessão de problemas vai abalando o frágil edifício azul e branco. Não é novidade, nem sequer consequência desta ou daquela liderança, seja a que emana do banco de suplentes ou de um gabinete no Estádio do Dragão. Se assim fosse, o aniversário da mulher de Uribe não teria levado ao castigo do companheiro da aniversariante, de Luis Díaz, Marchesín e Saravia, antes de um Boavista-FC Porto. Nem Militão teria falhado um FC Porto-Benfica, por ter saído da discoteca depois da hora permitida. Nessa altura, era inquestionável a liderança no banco de suplentes e no gabinete.
Portanto, onde nos leva tudo isto? Talvez ao início de tudo, ao momento em que, por uma razão ou outra, a escolha deste ou daquele jogador foi feita sem olhar ao redor. O processo disciplinar, neste caso como nos anteriores citados, era a única resposta possível - apesar de ainda ninguém ter percebido o que aconteceu ao processo de Pepê… -, mas a saída de imediata de Tiago Djaló surge como uma posição de força necessária. Até porque errar é humano, mas persistir no erro é diabólico.