JOGO FINAL - Uma opinião de Vítor Santos
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Antes agora do que quando for a doer, dirão os adeptos, perante as primeiras derrotas de FC Porto e Benfica na pré-temporada, ambas diante de formações britânicas, Wolverhampton e Burnley, respetivamente. Nada de alarmante, porque os ensaios às vezes dão nisto, o problema é quando o dissabor acontece em competição.
A época ainda nem começou e já podemos perceber as bases de FC Porto e Benfica, pelo que a componente estratégica ditada pelos técnicos será crucial para provocar desequilíbrios no primeiro jogo a doer.
Apesar de ninguém gostar de perder, o resultado, nestes particulares de preparação, bem vistas as coisas, é o que menos importa. Há outras coisas bem mais interessantes para analisar depois destes jogos, como o facto de, mesmo numa fase tão prematura da campanha, ser possível adivinhar a estrutura que dragões e águias vão apresentar no duelo da Supertaça.
Ainda à espera de reforços para o meio-campo, a equipa de Sérgio Conceição não deixará de andar muito distante daquilo que apresentou na temporada passada, tendo ontem revelado movimentações muito seguras, enquanto bloco, na pressão alta sobre o adversário. Schmidt, por outro lado, incorpora já no onze-base três reforços, restando perceber qual a fórmula que utilizará num meio-campo onde Kukçu parece ser o único indiscutível.
O facto de as equipas se conhecerem bem, até pela estabilidade dos plantéis, torna ainda mais decisivo o plano estratégico traçado pelos técnicos para o arranque oficial da campanha. Sérgio Conceição e Roger Schmidt defrontaram-se duas vezes em 2022/23 e ambos saborearam uma vitória, pelo que o embate de dia 9, em Aveiro, também reunirá esse condimento especial de desempatar o registo entre os dois treinadores da moda em Portugal.