Há algumas unidades em contraciclo à época muito abaixo das expectativas do FC Porto. Diogo Costa é o destaque, mas a segurança na baliza não encontra paralelo em várias outras posições.
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Com cinco jornadas por disputar e já sem ambições de chegar ao título e nem sequer a um lugar na Champions na próxima temporada, o FC Porto recuperou alguma alegria com a vitória em Rio Maior, frente ao Casa Pia, que dá algum embalo na discussão do último lugar do pódio com o Braga. Ninguém esconde que é uma época para esquecer, onde de positivo apenas se assinala a conquista da Supertaça numa reviravolta espetacular frente ao Sporting que abriu todos os horizontes azuis, que entretanto foram ficando cada vez mais cinzentos até se tornarem negros com a goleada sofrida em casa diante do Benfica. Há entre os adeptos do FC Porto um sentimento generalizado de que vários jogadores não têm qualidade para integrar o plantel, ou pelo menos para assumirem um lugar no onze, mas existe também uma espécie de unanimidade no reconhecimento de que Diogo Costa tem sido o verdadeiro farol da equipa neste período de anormal tempestade para os lados do Dragão.
O capitão tem feito exibições muito importantes e mantido a baliza a zeros, o que aumenta desde logo a possibilidade de vitória. Em 29 jornadas, por 15 ocasiões conseguiu o que os ingleses chamam de “clean sheet” e se voltar a não sofrer golos frente ao Famalicão iguala o seu anterior máximo neste capítulo, atingido em 2022/23, restando-lhe depois quatro jornadas para quebrar o seu recorde pessoal.
Num ano tão negativo em termos desportivos, o rendimento de Diogo Costa, a par do génio de Mora e da classe de Fábio Vieira, são os poucos ângulos de onde pode ver-se o copo meio cheio.