JOGO FINAL - Uma opinião de Vítor Santos
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Das sombras à luz, os reforços começam a sair a conta-gotas da salada mediática que todos os dias os produz em série nas várias plataformas, de informação e de desinformação. No dia em que o FC Porto apresentou Fran Navarro, o Benfica anunciou Di María, dois atacantes de dimensões distintas, que têm em comum o facto de dispensarem apresentações aos portugueses, em termos de qualidade e por razões diferentes.
Di María, no Benfica, e Fran Navarro, no FC Porto, fazem sentido, apesar de serem apostas distintas, uma com a obrigação de acrescentar já, a outra sem pressão imediata.
O espanhol tem 25 anos, é uma aposta a médio prazo, não obstante se ter destacado pelos muitos golos marcados ao serviço de uma equipa com objetivos modestos, o Gil Vicente; Di María, aos 35 anos, tem um currículo à prova de bala e já não vai para novo, pelo que chega para causar impacto imediato. São, ainda assim, duas mais-valias. Espera-se, mais logo, um final de tarde de euforia benfiquista, com a apresentação do campeão do Mundo na Luz. Percebe-se o entusiasmo com que está a ser encarado este regresso, mas a ninguém, muito menos a Rui Costa, passará pela cabeça encomendar as faixas do 39.
Não há campeões no defeso, o presidente do Benfica sabe disso, nem derrotados à partida, sobretudo quando se esgrime com rivais como o FC Porto, sem esquecer Sporting e Sporting de Braga na batalha pelo próximo campeonato. O sucesso destas apostas será medido no fim. E ontem, com o sorteio da próxima edição da Liga, só foram conhecidas as curvas de uma longa estrada, cheia de sinais de perigo, que ainda está por percorrer.