FOLHA SECA - Uma opinião de Carlos Tê
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Perder um jogo em casa com o último pode ser encarado pelo lado optimista, que engloba a magia impagável de tudo poder acontecer no futebol, ou pelo lado do escândalo, vincado pela perspectiva imperial que existe cá, assente no princípio de que é sempre um desastre um grande perder com um pequeno.
O Porto caiu perante o Estoril devido aos males que vem exibindo desde o começo da época: uma incapacidade de marcar golos agravada por desequilíbrios posicionais que resultam da sofreguidão de tentar marcá-los. Até o Gil Vicente têm mais golos no campeonato - 21 contra 13 -, o que remete para as celebradas vitórias no último minuto, e para o empate com o Arouca nas mesmas circunstâncias. Se nada mudasse, seria uma questão de estatística até suceder esta derrota que, por ironia, vem a seguir ao período mais fértil da equipa - a goleada em Antuérpia e a vitória “folgada” por dois golos em Vizela.