Schmidt não queria a Taça da Liga durante o Mundial, mas se não fosse assim teria perdido a oportunidade de ver novamente em competição, e de elogiar, João Victor e Morato, por exemplo.
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O Estrela da Amadora tudo fez para evitar a condenação, mas estava escrito que o Benfica de Roger Schmidt daria seguimento à caminhada imparável na temporada 2022/23, somando o 26.º jogo seguido sem perder, em dia de estreia dos encarnados na Taça da Liga.
O desfecho não surpreendeu ninguém, apesar de o treinador ter mexido em mais de meia equipa, tendo em conta os seis titulares envolvidos no Campeonato do Mundo que ontem arrancou no Catar.
Com maior ou menor dificuldade, seria sempre muito difícil o Benfica ser surpreendido pelo Estrela, ainda por cima numa partida em campo neutro, disputada em Leiria.
Surpreendentes só as palavras do técnico, no sábado, a propósito do lançamento do encontro. Roger Schmidt criticou o facto de a competição ser disputada durante o Campeonato do Mundo, por correr o risco de desvalorização, atendendo a que nem todos fizeram como Rafa, pelo que os melhores jogadores estão ao serviço das seleções
Não sei qual é a ideia do alemão, mas a Taça da Liga sempre foi encarada como prova ideal para dar minutos aos jogadores com menos possibilidades de jogar no campeonato, a principal aposta dos grandes clubes.
Que Roger Schmidt muda pouco (e com bons resultados), já se sabe. Mas parece-me incompreensível desdenhar a oportunidade de oferecer tempo de jogo aos que raramente saem do banco. Até porque não haverá melhor maneira de o treinador os manter preparados e motivados.