Com o Sporting apurado para a final, as atenções na Taça da Liga viram-se para o duelo FC Porto-Ac. Viseu, o campeão e uma equipa em alta na II LIga. É aproveitar, porque em breve deixaremos de poder assistir a estes duelos na competição.
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Rúben Amorim dizia ontem, após a vitória sobre o Arouca, referindo-se à tendência de Paulinho para faturar na Taça da Liga, que há coisas que não se explicam no futebol. Tem razão.
Por exemplo, deve ser muito difícil, na perspetiva dos adeptos dos clubes que não lutam pelo título, perceber como é possível, a partir da época 2024/25, os seus emblemas deixarem de poder participar na prova.
Como se viu pela réplica oferecida pela excelente equipa do Arouca, uma participação alargada a todos os clubes profissionais faz mais sentido, mas também o futebol se rege, cada vez mais, por critérios economicistas, pelo que a Taça de Portugal continuará a ser a competição mais democrática do futebol nacional.
Apurado o Sporting para a final, com um treinador habituado a erguer o troféu, cresce o interesse para conhecer o desenlace do reencontro entre os ex-companheiros de equipa Sérgio Conceição e Jorge Costa, que tantas vezes estiveram a lutar pelas mesmas cores, azul e branco. O jogo será muito mais do que isso, colocando em confronto o FC Porto, campeão nacional, e o Académico de Viseu, uma formação que, com o antigo capitão dos dragões, voa na II Liga sem conhecer a derrota.
Também neste duelo o futebol deriva para as coisas que não se explicam, a propósito da "pequena zanga" entre os dois ex-colegas do FC Porto que se sentarão, como treinadores e adversários, nos bancos. Neste caso, tudo mais ou menos normal, uma vez que até se vão cumprimentar, mas os adeptos estão curiosos e merecem uma explicação sobre a misteriosa troca de mensagens.