JOGO FINAL - Uma opinião de Vítor Santos
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É com o Benfica completo e o FC Porto sem Pepe que os dominadores do futebol português se reencontram hoje, depois de se terem defrontado logo no arranque da época, na Supertaça, com triunfo encarnado.
O campeonato ainda vai no adro, mas mesmo tratando-se do primeiro clássico, é certo que alguém acabará o dia com um impulso importante para o resto da época.
Sérgio Conceição tem mais baixas além do capitão, mas ninguém antevê um combate desequilibrado. Desde logo pelo que aconteceu num passado bem recente, que os treinadores, estrategicamente, trataram de desvalorizar nas conferência de Imprensa de antevisão.
O discurso da Roger Schmidt e Sérgio Conceição é fácil de perceber: o primeiro dispensa uma equipa aterrorizada, o segundo um grupo com excesso de confiança. Tenho uma opinião diferente. Efetivamente, o histórico recente das visitas dos dragões ao Estádio da Luz, onde, com o atual treinador no banco, só perderam uma vez, mostra que ao FC Porto basta ser igual a si próprio para estar mais perto de ser feliz, enquanto o Benfica terá de afugentar o fantasma que paira sobre o estádio nos dias em que é visitado pelos azuis e brancos. O momento de forma também conta, naturalmente. E, nesse particular, não obstante as dificuldades sentidas pelos dragões - que estão no topo, a par do Sporting, graças a triunfos à beira do fim e pela margem mínima -, parece-me que as equipas se equivalem.
Com estes ingredientes, a disputa, imprevisível, promete. Esperemos que seja um grande espetáculo, porque talento em campo não faltará e os adeptos depositam toda a fé neles. A Liga ainda vai no adro, é certo, mas a partir de hoje, seja qual for o resultado, alguém conhecerá um impulso importante. Até pode ser o Sporting...