JOGO FINAL - Uma opinião de Nuno Vieira
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As eleições na Liga dão o mote para o FC Porto-Benfica de domingo. Dragões e águias trocaram mimos na forma de comunicados, aquecendo o ambiente para o grande duelo da jornada.
O FC Porto reagiu a uma notícia que dava conta da existência de negócios pessoais entre o candidato Reinaldo Teixeira e o presidente do Benfica, Rui Costa, num empreendimento no Algarve. Os dragões falam de conflitos de interesses sobre o então administrador da SAD encarnada e o coordenador e avaliador dos delegados, que concorre ao lugar deixado vago por Pedro Proença. As águias reagiram, também num comunicado, e atacaram o rival do Norte. Falam de motivações oportunistas e visam André Villas-Boas, que ao lado de António Salvador suporta a candidatura de José Gomes Mendes à liderança do organismo que gere o futebol profissional.
O FC Porto ainda ripostou, exigindo que tudo seja bem esclarecido, num caso que marca o arranque nos gabinetes do grande clássico agendado para o próximo domingo. Após a vitória tangencial sobre o Farense, o Benfica chega ao Dragão na liderança partilhada com o Sporting e tem nesta viagem um teste de fogo com vista à concretização dos seus objetivos de chegar ao título, mas de momento parece que o barulho em torno do jogo propriamente dito ofusca tudo o resto. Pelo meio, ouvimos Tozé Marreco distribuir críticas, talvez a disfarçar que está às portas da descida com um plantel para andar em lugares bem acima, dizendo que o futebol dá de comer a muita gente. Haja estômago para uma mesa farta de polémica.