JOGO FINAL - Uma opinião de Vítor Santos
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A terceira derrota seguida do Sporting de Braga só surpreende porque a equipa de Artur Jorge protagonizou um arranque de temporada sensacional. Foram oito vitórias seguidas a encher o balão de esperança, semanas a fio no segundo lugar da Liga, obstáculos ultrapassados com grandes exibições, antes de três tropeções, todos com histórias muito diferentes, o último na derrota de ontem, com os valentes transmontanos do Desportivo de Chaves.
As derrotas do Braga parecem ter explicação mais simples do que a incapacidade de lidar com a pressão. Provavelmente, o coletivo sofre mais do que seria suposto com a ausência de Al Musrati.
Os alarmes soam na Cidade dos Arcebispos e, depois de muito se discutir sobre a capacidade do Braga para caminhar lado a lado com os três crónicos candidatos ao título em Portugal, e não faltará quem advogue que a equipa está ser vítima da pressão, ou de não saber lidar com ela. Não me parece que seja assim.
Ontem, o Braga construiu ocasiões suficientes para garantir um resultado positivo, pecando na finalização, que nestes primeiros meses da época tem sido demolidora, ao ponto de continuar a ser o ataque mais produtivo da Liga. Mas faltou segurança no meio-campo, como tinha acontecido frente aos belgas a meio da semana. Provavelmente, o que está a acontecer, passa um bocadinho pela ausência de uma unidade nuclear: Al Musrati, um desses jogadores de que todos se lembram quando não está em campo. Pela falta que faz, estando lesionado.
É evidente que os arsenalistas não podem depender de um só jogador. Mas imaginemos, por exemplo, o que seria o Benfica, nesta altura, sem Enzo Fernández... Talvez seja este o problema que o coletivo de Artur Jorge precisa de resolver rapidamente. Quanto ao resto, está tudo lá.