Não deslumbrou, não desabou. O FC Porto de Anselmi agarrou-se ao pouco que tem e desde logo a Gabri Veiga. E isso, por agora, não é pouco
Corpo do artigo
Perceção ou realidade? Que imagem deixou afinal o FC Porto na estreia no Mundial de Clubes? Será que empatar com o Palmeiras é um bom ou mau resultado? Anselmi desperdiçou mais uma oportunidade de convencer de que pode ser a solução e não o problema em 2025/26? Há um mar de perguntas que se poderiam fazer, mas todas — essas e outras — esbarram numa evidência deixada pela segunda parte do jogo: a condição física das equipas. Os dragões cumpriram o 50.º jogo de uma época que ainda não terminou ao cabo de 10 meses, enquanto o Palmeiras, com 36 jogos realizados em 2025, vai ainda na 11.ª jornada do Brasileirão.
Essa diferença foi especialmente visível depois da hora de jogo, com o FC Porto a revelar dificuldades claras para acompanhar o ritmo do adversário brasileiro. E, a esse propósito, houve de facto um FC Porto antes e depois de Gabri Veiga. Ou, se quisermos ser mais diretos, antes e depois da entrada de Pepê, aos 67 minutos. O brasileiro está a léguas do que já foi; o espanhol é, hoje, uma melhoria evidente no plantel portista. E, já que falamos do plantel, não fosse Gabri e seriam praticamente os mesmos jogadores que protagonizaram uma época fraca em Portugal e na Europa.
Portanto, Anselmi não desperdiçou “a última oportunidade”, nem também se pode dizer que tenha sido um “amasso” do Palmeiras. Há, no entanto, uma imagem deixada pelo FC Porto em Nova Jérsia que contrasta com a da época passada: o compromisso defensivo foi mais sólido. A equipa mostrou capacidade para corrigir os erros individuais que persistem, sobretudo no meio-campo defensivo. E essa melhoria ficou evidente nos 15 minutos finais, de maior pressão do Palmeiras. Ainda assim, o FC Porto tem a obrigação de passar a fase de grupos. Mais do que isso, já é outra conversa...