O Benfica enfrenta esta noite uma partida decisiva em Milão, com vista para as meias-finais da Champions e com potencial impacto na única competição interna que poderá vencer, o campeonato.
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A campanha do Benfica atinge novo ponto crítico, agora em Milão, onde tem uma cordilheira para escalar, depois de o resultado da primeira mão dos quartos de final da Liga dos Campeões.
A derrota por 2-0 deixou a equipa de Roger Schmidt a precisar de uma noite superlativa para se colocar entre as quatro semifinalistas da prova. O trajeto recente das águias tem tanto de negativo como de inesperado, pelo que, é fácil de perceber, só um bom desempenho contra o Inter poderá ter impacto positivo na cabeça dos jogadores e, consequentemente, no que resta da época, no fundo, o principal objetivo, o campeonato.
Os 90 minutos de hoje - ou 120 se a partida tiver prolongamento - são os mais decisivos da temporada encarnada. E não só por serem os próximos. Tão importante como o eventual apuramento, a forma como a equipa se exibir servirá para extrair conclusões sobre se é possível reverter a espiral negativa. Schmidt precisa de estancar a hemorragia, cuja origem terá já detetado, parcialmente explicada com quebra de forma dos jogadores que estiveram nas seleções com pouco tempo de utilização.
É possível incluir João Mário neste quadro, mas também é percetível que Rafa está a léguas do que já fez e não esteve nas seleções. Como pode a pausa para as seleções ser nefasta para os que lá continuam a trabalhar, jogando pouco, e a oferecida pelo clube ser benéfica para todos?
Arrumado, mal ou bem, este assunto, resta o essencial: a prova europeia de fogo marcará a época do Benfica. Aproximar o futebol das águias à constante de nove meses quase perfeitos poderá resultar num novo e decisivo fôlego, manter o ritmo alternativo da variante de percalços recentes poderá traçar-lhe um destino impensável há um par de semanas.