Não são esperadas revoluções na convocatória de Roberto Martínez para os jogos com a Croácia e a Escócia, mas não será fácil ignorar os bons arranques de Pote e Trincão no Sporting, por exemplo
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É já depois de amanhã que Roberto Martínez anuncia a convocatória da Seleção para os jogos com a Croácia e a Escócia a contar para a Liga das Nações. Apesar de encerrado o ciclo do Europeu, não é de esperar uma revolução nas escolhas do selecionador. Não apenas porque o espanhol já deu vários indícios de que não é adepto de grandes mudanças - numa recente entrevista chegou a assumir que o balanço do Euro não era positivo, mas que não faria nenhuma alteração no lote de jogadores que levou para a Alemanha - ou porque há um ano e meio de trabalho que não pode ser descartado, mas também porque, em boa verdade, não há assim tantas alternativas como isso aos habituais convocados capazes de acrescentar qualidade à equipa. Mas há algumas.
Não será fácil, por exemplo, ignorar o excelente arranque de temporada de Pedro Gonçalves ou Trincão no Sporting, dois jogadores que Martínez já confirmou várias vezes estarem frequentemente no lote de pré-convocados e que podem agora marcar uma posição definitiva no arranque de um novo ciclo, já com os olhos postos no Mundial de 2026. Depois, o final de carreira de Pepe desfez a dupla mais estável no eixo defensivo de Portugal ao longo dos últimos anos e a perda da titularidade de António Silva no Benfica - ele que parece ainda carregar às costas o peso da derrota frente à Geórgia - abre espaço para novidades no setor. Eduardo Quaresma tem crescido na função e até está habituado a jogar numa linha de três, tão apreciada pelo selecionador, ou Tomás Araújo, uma das poucas exceções ao sub-rendimento neste início de temporada do Benfica, serão nomes a considerar. Tem a palavra Roberto Martínez.